Quando o órgão afetado pela desordem autoimune é a pele, temos como principais doenças: urticária crônica espontânea, eczemas (dermatites), psoríase e lúpus.
O tratamento via alimentação com estratégias nutricionais individualizadas e imunomoduladores controlam muito os sintomas e traz qualidade de vida ao paciente. Principalmente porque em muitos destes casos, alguns alimentos reagem de maneira inflamatória, piorando quadros alérgicos e sensibilidades. E a alimentação é a base para manter a nossa microbiota intestinal saudável e reduzir as desordens do sistema imunológico.
Urticária Crônica Espontânea:
Ocorre de forma espontânea, não tem uma causa externa como a de quem possui alergia a poeira, por exemplo. É uma desordem do próprio corpo onde surgem placas avermelhadas (urticas) que causam uma coceira forte. Ela dura até 24h no mesmo lugar e depois ela reaparece em outras partes do corpo. Além da coceira e das urticas, pode surgir também o chamado “angioedema”, que é um inchaço na pele que afeta, com mais frequência, a região da boca e dos olhos. Costuma desaparecer em até 72h.
Eczemas (dermatites):
Sofre ação direta do nosso sistema de defesa (imunológico), emocional, ambiental. Caracterizada por lesões na pele que podem ser desde um leve eritema (vermelhidão, coceira) até prurido intenso ( uma característica chave). Coceira costuma preceder as lesões, a coceira piora com exposição a alérgenos, ar seco, sudorese, irritação local, roupas de lã e estresse emociona.
Dermatite seborreica:
Uma inflamação com alta densidade de glândulas sebáceas. Afeta a face (sulcos nasolabiais, sobrancelhas, couro cabeludo, pálpebras).
Dermatite numular:
As lesões iniciam muitas vezes como placas de pápulas e vesículas (bolinhas) com serosidade e formam crostas. Mais tarde, tornam-se secas, escamosas, com formação de liquidos e, às vezes, anulares (clareamento central).
Psoríase:
É uma doença autoimune de caráter cíclico, ou seja, apresentam sintomas que aparecem e somem periodicamente. Pode ter influências de fatores ambientais e a condições genética.
Sobre o desenvolvimento da doença, sabe-se que se dá quando os linfócitos T, células de defesa do organismo, libera substâncias inflamatórias, responsáveis pela formação de vasos.
Dessa forma, as respostas imunológicas surgem, provocando dilatação dos vasos sanguíneos da pele e o aumento dos neutrófilos, células de defesa que passam a se reproduzir rapidamente.
Assim, surgem escamas e manchas espessas na pele, já que o ciclo evolutivo da doença não permite que as células mortas sejam eliminadas com eficácia. Pode afetar regiões flexoras, unhas e mãos e podem ter escamas brancas e finas.
Lúpus:
Pode se manifestar de algumas formas diferentes e quando o mecanismo de atuação da doença atinge a pele, chamamos de Lúpus Discoide.
Nesse caso, o paciente apresenta lesões avermelhadas na pele, com diferentes tamanhos, formatos e colorações específicas. Os locais mais acometidos são a nuca, couro cabeludo e o rosto.
Embora a doença apresente sintomas específicos de seu local de manifestação, alguns sinais gerais são importantes para estar atento como, febre; fadiga; rash cutâneo; inchaço e rigidez muscular; lesões na pele que pioram com exposição ao sol; sensibilidade à luz solar; dor de cabeça; confusão mental.
Além disso, quando o Lúpus atinge a pele, o paciente pode apresentar coloração irregular da pele, além do fenômeno de Raynaud, que se dá pelos dedos que mudam de cor com o frio.